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Rabindranath Tagore

(1861-1941)

Meu coração aspira dia e noite
A Ti e ao encontro
Que será como a morte
que tudo consome.
Varre-me como a tempestade,
Toma tudo o que tenho,
Penetra meu sono
Desordena meus sonhos...
Priva-me de meu mundo.
E neste deserto,
Nesta nudez absoluta
Do Espírito,
que eu me una a tua magnificência.
Ah, que vaidade, um voto como este!
Onde reside esta esperança de união
Senão em Ti, ó meu Deus?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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