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Tao Te King

Lao Tse

(570-490 a.c.)

Quando todos pensam saber bem
que o bom é bom,
o mau aparece.
Ser e não ser geram-se um ao outro.
Difícil e fácil nascem um do outro.
Longo e curto acarretam uma diferença
de forma recíproca.
Alto e baixo criam uma desigualdade recíproca.
O tom e a voz conjugam-se um com o outro.
O antes e o depois sucedem-se um ao outro.
É por isso que o sábio adopta o não-fazer; ele pratica o ensinamento sem palavras.
Quando a obra está cumprida
ele não se prende a ela;
e como ele não se prende a ela, ela não se desliga dele.

Quem conhece os outros é inteligente,
Quem conhece a si mesmo é sábio.
Quem vence os outros é forte,
Quem vence a si mesmo é poderoso


Só temos consciência do belo,
Quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
Porquanto, o Ser e o Existir,
Se engendram mutuamente.
O fácil e o difícil se completam.
O grande e o pequeno são complementares.

O alto e o baixo formam um todo.
O som e o silêncio formam a harmonia.
O passado e o futuro geram o tempo.

Eis porque o sábio age,
Pelo não-agir.
E ensina sem falar.
Aceita tudo que lhe acontece.
Produz tudo e não fica com nada.

O sábio tudo realiza - e nada considera seu.
Tudo faz - e não se apega à sua obra.
Não se prende aos frutos da sua atividade.

Termina a sua obra,
E está sempre no princípio.
E por isso a sua obra prospera.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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